Cerimoniário
Fonte: SALVEM A LITURGIA
O que é cerimoniário?
Cerimoniário é a mesma coisa que Mestre de Cerimônias?
Mons. Guido Marini (sexto da direita para a esquerda) com o colegio de cerimoniários do Sumo Pontífice em 2009
Quem pode ser cerimoniário?
Atualmente, não há nenhuma restrição acerca de quem possa ser cerimoniário, basta ser perfeito conhecedor da liturgia e suficientemente esclarecido acerca da necessidade pastoral. Podem ser presbíteros, diáconos ou leigos; existem casos até de um arcebispo desempenhando tal ofício.
Quantos devem ser os cerimoniários?
Não existe uma quantidade determinada de cerimoniários, mas sabe-se que não devem ser muitos, principalmente nas celebrações paroquiais. Afinal de contas, trata-se de um ministério que tem como principal função coordenar as diferentes partes da celebração; e não parece muito eficaz que em uma celebração haja mais pessoas coordenando do que exercendo outros ministérios.
Cerimoniário é Acólito?
Ainda que para muitos a diferença entre um e outro seja clara, cabe esclarecer a quem veja "cerimoniário" como um nome mais belo para a função de acólito. Acólitos, ainda que não instituídos, são todos aqueles que servem ao celebrante e os diáconos na missa; são os acólitos que exercem as funções de turiferário, naviculário, cruciferário, ceroferários, baculífero, mitrífero, librífero, etc.
Os cerimoniários são aqueles que coordenam as celebrações, não apenas os ministério dos acólitos, mas todas as suas partes. Apresentam-se, naturalmente, em numero muito inferior ao dos acólitos e desempenham papéis diferentes deles. Nada impede, entretanto, que alguém que sirva ordinariamente como acólito, oficie como cerimoniário nas ocasiões paroquiais mais solenes.
O que veste o cerimoniário?
O cerimonial dos bispos diz que o cerimoniário se veste com alva (pode ser acompanhado por alva e amito) ou com veste talar e sobrepeliz. Num ou noutro caso, seria conveniente que a veste dos cerimoniários se distinguissem, ao menos em algum detalhe da veste dos acólitos.
O cerimonial diz ainda que se quem exerce a função de cerimoniário for da ordem dos diáconos pode vestir-se da forma habitual para os diáconos oficiantes, com dalmática. Creio ser um pouco inapropriada esta vestimenta, pois a função dos diáconos é distinta da função dos cerimoniários, assim seria muito propício que se diferenciassem também pelas vestimentas.
Temos, ainda, o costume de, se o mestre de cerimônias é presbítero (ou, eventualmente, bispo), vista a estola para, junto com o presbitério e o bispo, confeccionar o crisma ou para o momento de impor as mãos durante a ordenação presbiteral.
Quais as funções do cerimoniário?
A função do cerimoniário deve iniciar-se bem antes da missa, verificando quais são os próprios da missa, quais partes serão cantadas, etc. Também é dever dos cerimoniários zelar para que algum possível livreto produzido para a celebração contenha os textos litúrgicos corretos e adequados àquela celebração.
Feito isso, combinar as funções com cada um daqueles que exerce algum ministério na celebração, por exemplo, se vamos usar o rito de bênção e asperção de água benta, devemos avisar os acólitos para preparar a caldeira e o hissopo e os cantores para que cantem vidi aquam ou algum outro canto adequado para o rito de asperção.
Nas procissões, não existe um lugar definido para os cerimoniários, eles devem se dividir ao longo dela a fim de auxiliar na movimentação de todos os ministros. Podem se colocar à frente do turiferário, guiando a procissão; um pouco atrás do celebrante, principalmente se for bispo, para cuidar das insígnias; podem se colocar à frente do concelebrantes, guiando-os para seus lugares que são distintos dos outros ministros. Podem ainda auxiliar o celebrante a subir ou descer os degruas, se for necessário. Podem atuar ainda na procissão das oferendas e do evangelho.
Os cerimoniários podem auxiliar na incensação, segurando a casula do celebrante para que não toque no turíbulo. E mesmo que não se segure a casula, o mestre de cerimônias, junto com o primeiro diácono acompanha o celebrante na incensação do altar.